terça-feira, 9 de setembro de 2014

Caminho Português da Costa: alguns considerandos sobre o Caminho que se segue!



- Ensinamentos do Caminho: A experiência de outros Caminhos ensina-nos, acima de tudo, a sermos pragmáticos e a ter bom senso, logo, a mochila vai pesando menos, a distância das etapas vai sendo ajustada, o que por conseguinte reduz mazelas, aumenta o tempo de descanso, de desfrute e de conhecimento dos locais e das pessoas, assim como, proporciona a interação com outros peregrinos!

- Caminho de Pontevedra ao Salnês: Pelos testemunhos que tenho recolhido trata-se de um excelente complemento ao Caminho da Costa, que por continuar sempre próximo desta, quer também por incluir a Rota do Mar de Arousa (etapa de barco entre Vilanova de Arousa e Pontecesures). É também conhecida por Variante Espiritual do Caminho Português e é, para quem já percorreu o Caminho Central, um ótimo pretexto para não repetir Caminhos!

- Ferryboat Santa Rita de Cássia: Lamentavelmente mantém-se suspensa a travessia do rio Minho em Caminha (e já lá vão mais de 4 meses…). Valha-nos a todos e aos peregrinos em particular, os barqueiros da região que asseguram a travessia do rio para o lado espanhol!

- A etapa de Vigo: Continua a ser o grande busílis do Caminho da Costa, por falta de sinalização, por ter sinalização confusa ou por se tratar da travessia de uma grande cidade, enfim…, após ler, ouvir e refletir…decidi-me por pernoitar no Refugio de O Freixo e atravessar Vigo na manhã seguinte! Neste particular agradeço aos amigos peregrinos Luís Freixo, Manuel Rocha, Agnelo Ferreira e Celestino Lores, por toda a colaboração e informação prestada aos peregrinos! Se calhar estou a esquecer-me de alguém, pelo que faço desde já mea culpa!

- A partida do Porto e o prólogo do Caminho: Como será o dia da chegada ao Porto, quero aproveitar para almoçar tranquilamente, ter o meu momento de reflexão na Sé Catedral, carimbar a credencial, estar com alguns amigos do Caminho e ao final da tarde dar inicio à caminhada até ao Refugio da Senhora da Hora (Matosinhos). É por isso o prólogo do Caminho. Neste particular quero também agradecer ao amigo peregrino Abel Ribeiro pela informação prestada.

- Peregrinar versus visitar: Já alguém um dia me disse que fazer o caminho não é compatível com visitas a locais e monumentos de interesse e é verdade que já senti isso na pele! Contudo o método que utilizei para a programação deste Caminho pretende aligeirar um bocado a coisa e permitir a deslocação a alguns pontos de interesse cultural e gastronómico que já tenho referenciados! Veremos como corre!

- Começar em solitário e terminar acompanhado: “Nunca se está sozinho no Caminho” ou “começa-se sozinho e termina-se acompanhado” são alguns aforismos ligados ao Caminho de Santiago que são bem verdadeiros! Relativamente ao “meu” Caminho da Costa, é certo e sabido, que algo do género irá ocorrer!

Foto: Caminho de Múxia-Finisterra (Maio de 2013, autoria: Alexandre Bittar)