quarta-feira, 4 de abril de 2012

Quem me chama?



Quem me chama?

Continuo a não saber o que me chama de novo!

Desconheço a justificação para ir, mas vou…

Nem sei o que me conduz nem por onde ir,

apenas o silêncio e o movimento do pensamento,

me acompanharão novamente,

neste caminhar incessante,

neste andar de peregrino errante,

fazendo-me sentir o mestre do meu caminho,

timoneiro da minha vontade, dono do meu destino,

nesta busca incessante, por vezes fatigante,

na busca deste caminho, que apesar de acompanhado,

por vezes, faço sozinho, porque o nosso destino,

quer se queira ou não está já marcado.

E redescobrir que sozinhos não somos nada,

mas que por vezes, precisamos de estar sós,

para o descobrir…

Para valorizar todas as coisas, que sem notar

fazem parte dos alicerces de todos nós.

Deixando correr o sentimento, leve como o vento

transformando o tormento de decidir sair,

em alegria imensa, que me faz afastar a tormenta,

e dão á minha chegada, a verdadeira razão de partir,

transformando esta saudade imensa que me assola,

numa imensa torrente de alegria, que me consola.

E que logo o meu corpo escravo sente

mas a minha mente, que é livre parte,

cogitando sobre um novo caminho,

que sem pedir está já no meu destino.

Texto: António Pimpão
Foto: Rosalino Castro